sábado, 30 de maio de 2009

Expedição Chui 2002 - 01 continuação...

Esqueci de colocar essa foto no post anterior. Hsu e Daniel na garagem da casa do nosso então recém conhecido Luís, se não me engano.
Motociclista não praticante, como eu Daniel nos últimos cinco anos (compramos novas motos apenas agora, em 2009) Luís, de Itabuna, contou-nos belas histórias de viagens de moto, inclusive pela Argentina.
Quando nos conhecemos, naquela loja de conveniência (post anterior) localizada em um posto de combustível ao lado do shopping de Itabuna, Luís apontou para o pneu da minha moto e disse: "Você sabe em que estado está esse pneu?"... eu, apavorado, fui ver o pneu. Então ele respondeu, sorrindo:"Estado da Bahia". Foi muito legal, conversamos e terminamos indo para sua oficina, pegar algumas ferramentas para que o Daniel tentasse fazer mais alguns reparos em sua moto.
Não sei se isso acontece em outro grupos, mas, conforme verificamos nessa viagem, motociclistas são sempre muito bem recebidos por motociclistas, em todo o Brasil. Nós mesmo, em Maceió, sempre tivemos a maior alegria e satisfação em receber os colegas de outros Estados.

Expedição Chui 2002 - 01

É com grande satisfação que começarei a narrar, aos poucos, a grande aventura motociclística que empreendi, juntamente com meus bons amigos Daniel e Hsu, em 2002.
Devo destacar, neste início de conversa, que a idéia de contar a história, ainda que resumidamente, partiu do Hsu que, da mesma forma, forneceu-me as fotos digitais da viagem (as fotos boas, todas datadas). As fotos de pior qualidade, como a primeira que segue abaixo, foram tiradas pela minha máquina convencional e scaneadas por mim, conforme os ensinamentos do meu querido amigo Fernando Teixeira (Nobuger).
- Peter!!!, aprendi a "scanear", acredita?
Tudo começou ainda em 2001. Estávamos na casa do Hsu quando eu, que tinha um jipe e, não sei bem o porquê, convidei Hsu e Daniel para, no ano seguinte, irmos de jipe até Ushuaia, extremo sul da Argentina, ou melhor, extremo sul do Mundo. Seria uma viagem de um mês.
Expus o caso com eloquência, lembro bem. Disse que o jipe, um Defender 90, era confortável (ar condicionado, direção hidráulica, cd player etc), poderíamos os três dirigi-lo alternadamente, não teríamos problemas com as condições das estradas, em especial quanto ao tão temido rípio (material arenoso de que são feitas as estradas que levam à Terra do Fogo). Enfim, deixei bem clara a minha opinião acerca da economicidade (diesel), conforto e segurança do jipe (4x4 full time).
Eu bem que poderia valorizar um pouco a discussão, mas a verdade é que eles não deram a mínima importância aos meus argumentos: "Somos motociclistas, só viajamos de moto!". Fiquei calado e tive de concordar.
Então seria uma viagem de moto, afinal. Contávamos com alguma experiência sobre duas rodas: Paulo Afonso, Salvador, Recife, João Pessoa, Natal, Caruaru, Garanhus, Arapiraca, Paripueira (kkkk), Aeroporto Zumbi dos Palmares (kkk), afora outras pequenas viagens.
Tudo bem, vamos de moto.
Iniciado o planejamento, percebemos que as motos não eram adequadadas para enfrentar o famigerado "rípio argentino" (eu queria ir de jipe, pensei). Além disso, numa viagem de moto, roda-se menos por dia e a necessidade de descanso é maior, a chuva atrapalha mais e, conduzir à noite, nem pensar. Noutras palavras: o tempo não seria suficiente.
Assim, chegamos à conclusão de que não deveríamos, ou melhor, não poderíamos ir até Ushuaia, não nas motos de que dispúnhamos (duas bandits e uma marauder, todas Suzuki). Nossas motos eram de uso exclusivo em pista pavimentada, rodar no rípio seria pedir para cair, várias e várias vezes, no fim do mundo, muito longe de qualquer tipo de socorro ou reparo.
Conversa vai, conversa vem, não lembro bem ao certo, mas surgiu a idéia de, pelo menos, irmos até o Chui, fronteira com o Uruguai e extremo sul do Brasil. Fixada a idéia, passamos a planejar o roteiro, assim como as datas e todos os demais detalhes do que passamos a chamar "Expedição Chui".
Hsu teve a brilhante idéia de, através da internet, entrar em contato com os motoclubes das cidades pelas quais passaríamos. Isso, posso dizer, fez toda a diferença. Conhecemos muita gente e fomos bem recebidos em todos os lugares.
Tentarei contar a história a partir das fotos:

Primeira foto da viagem, tirada ainda em Alagoas. Acho que estávamos em algum lugar entre Junqueiro-Porto Real do Colégio. Daniel e Hsu, por trás da Marauder 800 do Daniel. A moto vermelha era a minha Bandit N1200. Paramos para tirar essa foto da estrada, pois até então estava chovendo muito. Bem, a pedido do Hsu devo contar que a moto do Daniel soltou alguns parafusos do bagageiro, até Salvador. Acho que paramos mais de duas vezes para reapertar ou recolocar novos parafusos.

Linha Verde, Bahia: Daniel e eu, ladeando um motociclista bahiano muito simpático, que fez questão de nos parar para uma boa conversa no meio do nada. Chamo a atenção para a moto do cidadão, uma bela BMW grand tour. Ao fundo, na linha do horizonte, um pedaço do mar. As condições da Linha Verde são muito favoráveis, o trecho é agradabilíssimo. Não obstante, devo salientar que, salvo engano, foi o único lugar em que pagamos pedágio. Se me lembro corretamente, rodamos também em estradas privatizadas em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Ainda na Linha Verde. Na primeira foto, eu e Hsu em um posto de combustível, quando encontramos um grupo grande de motociclistas que estavam indo para um evento em Itabuna. Não tenho foto com o meu amigo e colega Paulo dos Anjos, mas ele estava conosco nesse dia, tendo partido de Arapiraca rumo a Itabuna. Lembro que tinha um motociclista de outro estado, um sujeito magro e com uma longa barba preta e branca, que Paulinho tratou logo de chamá-lo de "Bin Laden". Na segunda foto, eu com a minha moto, ou ex-moto (agora). Parece uma CG 125, eu sei, mas é uma Bandit N1200, 04 cilindros em linha, uma bela naked, verdadeira muscle bike, com desafiadores 100 cavalos, ou seja, quase uma esportiva. Acho que a minha era modelo 2000, refrigerada a ar, sendo essa uma concepção meio antiga para motos de grande motor.
Vendi-a em 2003 ou 2004 para o meu amigo George Brasileiro que, atualmente, tem outra Bandit, mais nova, preta, acho que é a 1250S, ou seja, uma moto semicarenada e bem mais moderna.
Disse o George que a atual Bandit tem maior distância entre-eixos, injeção eletrônica etc... a minha era carburada, o que é um grande abacaxi, com as gasolinas batizadas que temos por essas estradas.
Por falar em distância entre-eixos, não posso esquecer de consignar o dia em que o Daniel pediu para dar uma voltinha na Bandit. Acostumado a acelerar, com vigor, a Marauder, Daniel tentou fazer algo parecido na minha moto. Resultado: empinou a roda da frende, como nos shows. Não caiu, mas levou um grande susto. Então, aumentando-se a distantância entre-eixos, torna-se mais difícil empinar.
Ok, já falei demais...
Daniel e Hsu no ferry boat. Ficamos junto das motos, perto das bagagens, claro.

Itabuna-BA. Defronte ao hotel. Acho que estávamos de partida, rumo ao Espírito Santo, Linhares. Dormimos nesse hotel na segunda noite da viagem. Na primeira noite dormimos em uma pousada na Ilha de Itaparica, após cruzarmos o canal no ferry boat. Lembro que nos perdemos em Salvador, por culpa minha. Eu disse que sabia o caminho, mas despois descobrimos que não eu sabia direito. Enfim, encontramos o caminho após alguns pedidos de informação. Na primeira noite dormimos todos no memo quarto, fato que não mais se repetiu durante toda a viagem. Aquele monte de bagagem, um único banheiro e os roncos foram o suficiente para decidirmos, dali por diante, ficar cada um em seu próprio apartamento. Claro que os custos da viagem foram incrementados, mas a amizade do grupo foi garantida por essa medida. Se encontrar alguma foto de Itaparica, coloco depois no blog.


Itabuna
Nós e o legendário Ruiter, conhecido de todos os motociclistas do Brasil.




Valença - Bahia

quinta-feira, 28 de maio de 2009

QUIZ!

Quem disse isso? Onde?


"YEAH, WE’LL SHINE LIKE STARS IN THE SUMMER NIGHT;
WE’LL SHINE LIKE STARS IN THE WINTER LIGHT;
ONE HEART, ONE HOPE, ONE LOVE"
Obs.: Já recebi duas respostas. Vou publicar na próxima semana, para ver se mais alguém se arrisca.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Diálogos 11

Repercussão imediata!

(Eu) - Coloquei no blog aquilo que você falou ontem, sobre o casamento.
(Amigo) - Hahaha... não vou comentar, para não me comprometer.
(Eu) - Deixa de ser bocó, seu comentário é importante.
(Amigo) - Tá louco, não lembra de Andréa Dória?
(Eu) - Quem é essa maluca?
(Amigo) - A musica, mané !! 'Quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim'...

Diálogos 10

Pergunta difícil!

(Eu) - Você que já foi casado, poderia me dizer qual vida é melhor: a de casado ou a de solteiro?

(Amigo) - Não entendi a pergunta...

GREVE!

Também nunca ouvi falar em um blog que tenha entrado em greve.
Mas, como diria o General Charles de Gaulle: "Esse não é um blog sério..."

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Diálogos 09

(Eu) - Gostou do livro?

(Primo) - Adorei, muuuuito melhor do que os seus textos jurídicos! (e ainda, franzindo o rosto e fechando os olhos, estalou, por duas vezes, o polegar com o dedo médio...).

(Eu) - Muito obrigado!? (sem saber se ficava feliz ou ofendido).

História sem data...

O EX-PROFESSOR




Como estudante, desde que alcancei a idade da razão, já vi muitas coisas acontecerem em escolas. Incidentes envolvendo professores e alunos, para mim, são lugares comuns. Há algum tempo tenho tido dificuldades em me impressionar com algo nessa área.
Ocorre que, semana passada, fui surpreendido por um dos mais singulares documentos que já tive a oportunidade de ler. Trata-se de uma carta, endereçada ao diretor de uma escola, pai de um grande amigo meu, escrita por um dos mais conceituados professores do estabelecimento.
Por não poder sintetizar sua mensagem, vou transcrever integralmente o conteúdo, com a autorização do destinatário e, naturalmente, omitindo o nome do remetente:

“Senhor Diretor:

Sou alagoano, nasci em Maceió.
Aqui cresci e estudei. Não tenho outro lugar que posso chamar de minha casa. Minha própria identidade, conquistei aqui.
Devo tudo a este lugar e às pessoas desta cidade.
A vida foi me levando e terminou me fazendo professor. Enveredei pelo caminho do ensino, realizando assim um antigo sonho.
Há algum tempo dou aulas. Sei que muitas das minhas aulas foram nada boas. Entretanto, posso dizer, algumas delas foram quase tão boas quanto aquelas que em mim fizeram nascer o desejo de lecionar.
Entre esses altos e baixos fui prosseguindo com o que agora chamo de minha farsa. Quase sempre tive vontade de parar, mas, por vezes, cheguei até a acreditar que tinha vocação.
Até que um dia, numa ensolarada sexta-feira, enquanto aplicava uma prova escrita, percebi exatamente onde estava e o que estava fazendo. Foi assustador.
A visão que tive foi bastante simples: vi meus alunos. Enquanto eles não olhavam para mim, comecei a observá-los um a um. Nunca esqueci desse dia.
Pude ver a mim mesmo no passado, mas felizmente não foi só isso que vi. Eu vi, e ainda hoje vejo, nos olhos dos alunos, os esforços e as esperanças de seus pais e, muitas vezes, de seus filhos.
Naquele momento alcancei a importância do ensino. Quase não acredito na visão que tinha antes, segundo a qual ensinar era uma glória para o professor. A partir de então a palavra remorso passou a ter um significado para mim.
Tudo o que sou e tudo o que tenho devo ao estudo. Foram os meus bons professores que me acordaram para a vida. Simplesmente não é justo que eu, tão beneficiado que fui por esta terra e por esta gente, continue a ocupar um espaço que não mereço.
Sei disso porque não vejo, nos olhos dos meus alunos, o brilho que eu mesmo trazia nos meus, quando tinha aulas com meus bons professores.
Por essa razão é que não posso mais ensinar. Deixo meu lugar para outro que, talvez, inspire o fascínio que não despertei nos meus alunos.
Se é verdade que posso ser substituído por outro ainda pior, verdade também é que a possibilidade da melhora é mais válida do que a certeza da mediocridade.”

Após refletir por algum tempo, o diretor não teve outra opção senão aceitar o pedido de demissão do professor. Assim me foi contado.



Humberto Pimentel Costa.


Algo entre o final de 2000 e início de 2002...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

UMA BELA MÚSICA!

CARINHOSO

Meu coração
Não sei por quê
Bate feliz
Quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim, foges de mim
Ah, se tu soubesses como eu sou tão carinhoso
E o muito e muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão que me devora o coração
E só assim, então
Serei feliz, bem feliz

terça-feira, 12 de maio de 2009

Diálogos 08

Esse aconteceu com o meu amigo Fernando (Nobuger!), que gentilmente enviou para o blog:



"Chego na faculdade todo molhado pela chuva, muito descontente com a situação.

Na sala de aula, uma mulher bastante desinteressante vira pra mim e diz:


(Mulher) - Hoje eu tô a fim de tomar uma gelada!

(Eu) -Vai lá fora, tá uma chuva danada..."


Pois é, Nando... é muito remota, ainda que não inexistente, a probabilidade de uma mulher interessante chamar um colega, todo molhado pela chuva, para tomar uma gelada.... cerveja, suponho. Lendo pela segunda vez, vejo que você usou a expressão "bastante desinteressante". Espero que não tenhamos nenhum pesadelo, ao imaginar uma criatura que mereça tal adjetivação.

Por outro lado, não creio que seja muito frequente um fora dessa natureza, partindo de um sujeito molhado, em uma figura dotada de algum encanto.

Grande abraço, tovarish (дружище)...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

VINGANÇA

Dizem que a vingança é um prato para ser saboreado frio. Pois bem, acabo de ser vítima de uma bela vingança, se é que uma vingança pode ser bela ou bem empregada.

Ano passado, meus amigos JB (Bosco, Presidente do Partido Boscovick), e Sir Pedro, o Nobre, convidaram-me para uma viagem aos Estados Unidos, com intuito expedicionário (por falar nisso... Peter, como foi em NYC?). Seria, afinal de contas, uma viagem abençoada (Dom Bosco, Frei Beto e São Pedro!)

Bem, conversa vai, conversa vem, logrei convencê-los de que seria melhor irmos à Europa. Apesar de mais caro, não precisaríamos de visto, visitaríamos uns três países etc. Além disso, na França, eu desenrolaria bem o idioma.

Tudo certo, passagens compradas, inclusive a minha, tive de desistir, por circunstâncias profissionais alheias à minha vontade.

Nem preciso dizer que ficaram um pouco aborrecidos e não acreditaram muito, no que chamaram de minha desculpa esfarrapada. Confesso que não entendi tamanha incompreensão...

Foram, assim mesmo. Tenho certeza de que curtiram bastante.

Belas fotos e histórias interessantes. Fiquei feliz por eles.

Entretanto, nada tinha me comovido, até o JB mandar o vídeo cujo link segue abaixo! Eles estavam indo de Londres a Liverpool, em um Mini Cooper, a 110 milhas por hora.... e eu não estava.... São apenas 10 segundos, mas estou certo de que podem imaginar a minha dor de não ter participado daquele momento... que não voltará jamais... e, como se não bastasse, tocava Hotel California...


http://www.youtube.com/watch?v=g07RXh5F_To