terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ubajara-CE e Sete Cidades-PI/2011- 09

No último dia da viagem, um domingo, há fatos dignos de nota. Observo, com surpresa e algum pesar, que as fotos foram se tornando mais escassas perto do fim da aventura rodoviária. Pensando bem, acho até que seria previsível, considerando que voltamos pelo mesmo caminho.
Aproveito a oportunidade para deixar um conselho: em viagens desse tipo, sempre que possível, voltem por uma estrada diferente! Essa, na minha opinião, deve ser a raiz do conceito de tour, volta, ir por um caminho e voltar por outro, completando assim algo como um traçado elíptico. Putz, viajei direitinho agora...
Ah, é? Então por que vocês não fizeram isso? - poderiam me perguntar, com toda razão...
Resposta: Erramos, mas nem tanto. Há vários perfis de viagem, assim como há vários tipos de qualquer coisa que se pense. Nosso objetivo era muito claro, conhecer Ubajara e Sete Cidades. Quando do planejamento, como íamos de moto, apenas eu e Pisca, procuramos locais com melhor estrutura etc. Os outros amigos, como ficou dito em postagem anterior, aderiram posteriormente ao projeto. Assim, creio eu, se a viagem tivesse sido pensada considerando o grupo que efetivamente viajou, as coisas talvez tivessem sido diferentes. Tenho para mim que, na volta, cortaríamos o Nordeste pelo Agreste/Sertão, ao invés de repetirmos Litoral/Zona da Mata. Mas, enfim, não passa de um pensamento.
Na postagem anterior, por alguma razão que agora me escapa, não mencionei o que fizemos em Natal-RN, à noite. Pois bem. Chegamos ao hotel sem maiores dificuldades. Não sei porque cargas d'água decidimos comer em um restaurante japonês. Adoro, ou adorava, comida japonesa. Ocorre que, talvez por causa do cansaço da própria viagem, a comida não me fez bem. Melhor dizendo, me fez muitíssimo mal. Tive uma noite horrível, sem conseguir dormir, infecção intestinal aguda, náusea e vômitos. Não desejo aquilo para meus inimigos.
Ainda bem que meus amigos não tiveram nada, teria sido um problema ainda pior. Pela manhã, após receber a solidariedade de todos, anunciei que ficaria em Natal, sozinho. Não aceitaram. Resultado: tomei uns remédios e fiquei melhor, mas pedi para o Pisca levar a minha moto, porque eu estava bem debilitado, pela noite sem dormir e por não ter comido pela manhã. Afora isso, rondava o fantasma de uma nova crise a qualquer momento, fato que não ocorreu. Sofri bastante, no carro, com cólicas absolutamente inoportunas.
Abaixo, foto do Morro do Careca, Natal-RN: bela cidade! Dica para o jantar: Tábua de Carne, sempre! Não invente moda de sushi ou sashimi, por favor. Acho que somente volto a confiar em comida japonesa se for preparada pelo Akira.
Abaixo: no restaurante do hotel, em Natal. Repositor de flora intestinal e remédio para enjôo. Deu certo!
As duas fotos abaixo mostram um momento muito interessante. Antes de chegar a João Pessoa-PB, há essas tradicionalíssimas barracas de abacaxi. Há barracas de frutas em geral, mais organizadas. Não obstante, o legal mesmo são as barracas de abacaxi, porque são mais rústicas e o pessoal costuma parar e comer na hora. Show de bola. Observem, na foto abaixo, há um isopor com abacaxis gelados. Sempre faço isso quando passo por ali. Quem me ensinou foi o amigo Hsu, com quem tive a honra de ir a Natal, de moto, duas vezes, além de outras mais de carro.
Pois bem, dissemos ao Pisca: não ultrapasse o carro! Mantenha contato visual! Tudo em vão... por algum tempo, verdade, ele até se comportou. Mas, talvez por força da abstinência motociclística, Pisca resolveu colocar a moto para andar... 200km/h, segundo ele! Assim, perdemos de vista a sua figura. Tentamos avisar que pararíamos no abacaxi, por gestos, sinais com farol, buzina, telefone etc., mas não deu certo. Desse modo, paramos apenas eu, Bosco, Pedro e Jr., que tirou as fotos.
O engraçado disso tudo é que o Pisca não sabe, até hoje, que fizemos essa parada! Ele somente vai saber se ler aqui, no blog. Como costumamos dizer: - Se deu maaahal! Perdeu o lanche e a resenha.
Bem mais na frente, em um posto que ninguém viu, escondido e tal, estava Pisca a nos esperar. Ligou e ainda reclamou: - Vocês não disseram que era para parar após 150 km rodados!?
Sim, Pisca, verdade. Mas, durante toda a viagem, se você tivesse prestado atenção, saberia que o critério seria o primeiro posto "decente" após 150 Km rodados. Além disso, quem estivesse na frente e parasse antes (eu, no caso) deveria ficar em local bastante visível! Sendo assim, não vale posto-moita, que nem se vê da pista, né? Lembrei agora da saudosa Moitinga... ou Boitinga, como dizia o galego do hotel. Um dia voltaremos lá, para conhecer a Gruta de Ubajara (agora que o teleférico está consertado), voltando pelo meio do Piauí, dando uma passada em Terezina e ficando mais uns dias na Serra da Capirava. Quem topa?
Chegamos a Recife em paz. Lembro que o tempo fechou, depois abriu. Chuva e sol. O Jr. ficou na casa dele e partimos para Alagoas, com a tradicional parada em Maragogi.
Já chegando em Maceió, tudo escuro, o Pisca desapareceu. Depois reapareceu! Tinha parado para tentar ir ao "banheiro", sem sucesso, como depois esclareceu.
Deu tudo certo, no final das contas, mesmo o Bosco tendo dirigido durante a metade do caminho.
Acabei de contar a história, ufa!
Prometo, em postagens seguintes, colocar algumas fotos, apenas com uma legenda.



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