Repositório de poemas, letras de músicas, comentários e outras coisas menos importantes
sexta-feira, 14 de maio de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Música!
VIOLÊRO
Vô cantá no canturi primero
as coisa lá da minha mudernage
que mi fizero errante e violêro
eu falo séro i num é vadiage
I pra você que agora está mi ôvino
Juro inté pelo Santo Minino
Vige Maria qui avé o que eu digo
Si fo mintira mi manda um castigo
Apois pro cantadô i violero
Só hai treis coisa nesse mundo vão
Amô, furria, viola, nunca dinhêro
Viola, furria, amô, dinheiro não
Cantadô di trovas i martelo
Di gabinete, ligêra e moirão
Ai cantadô já curri o mundo intêro
Já inté cantei nas portas de um castelo
Dum rei que si chamava di Juão
Pode acreditá meu cumpanhêro
Dispois di tê cantado u dia intêro
O rei mi disse fica, eu disse não
Si eu tivesse di vivê obrigado
Um dia inantes dêsse dia eu morro
Deus feis os homi e os bicho tudo fôrro
Já vi inscrito no Livro Sagrado
Que a vida nessa terra é u'a passage
I cada um leva um fardo pesado
É um insinamento qui derna mudernage
Eu trago bem dent'do coração guardado
Tive muita dó di num tê nada
Pensando que êsse mundo é tud'tê
Mais só dispois di pená pelas istrada
Beleza na pobreza é qui vim vê
Vim vê na procissão u Lôvado-seja
I o malassombro das casa abandonada
Côro di cego nas porta da Igreja
I o êrmo da solidão das istrada
Pispiano tudo du cumêço
Eu vô mostrá como faiz a pachoia
Qui inforca u pescoço da viola
Rivira toda moda pelo avêsso
I sem arrepará si é noite ou dia
Vai longe cantá o bem da furria
Sem um tustão na cuia u cantadô
Canta inté morrê o bem do amô.
Composição: ELOMAR
Vô cantá no canturi primero
as coisa lá da minha mudernage
que mi fizero errante e violêro
eu falo séro i num é vadiage
I pra você que agora está mi ôvino
Juro inté pelo Santo Minino
Vige Maria qui avé o que eu digo
Si fo mintira mi manda um castigo
Apois pro cantadô i violero
Só hai treis coisa nesse mundo vão
Amô, furria, viola, nunca dinhêro
Viola, furria, amô, dinheiro não
Cantadô di trovas i martelo
Di gabinete, ligêra e moirão
Ai cantadô já curri o mundo intêro
Já inté cantei nas portas de um castelo
Dum rei que si chamava di Juão
Pode acreditá meu cumpanhêro
Dispois di tê cantado u dia intêro
O rei mi disse fica, eu disse não
Si eu tivesse di vivê obrigado
Um dia inantes dêsse dia eu morro
Deus feis os homi e os bicho tudo fôrro
Já vi inscrito no Livro Sagrado
Que a vida nessa terra é u'a passage
I cada um leva um fardo pesado
É um insinamento qui derna mudernage
Eu trago bem dent'do coração guardado
Tive muita dó di num tê nada
Pensando que êsse mundo é tud'tê
Mais só dispois di pená pelas istrada
Beleza na pobreza é qui vim vê
Vim vê na procissão u Lôvado-seja
I o malassombro das casa abandonada
Côro di cego nas porta da Igreja
I o êrmo da solidão das istrada
Pispiano tudo du cumêço
Eu vô mostrá como faiz a pachoia
Qui inforca u pescoço da viola
Rivira toda moda pelo avêsso
I sem arrepará si é noite ou dia
Vai longe cantá o bem da furria
Sem um tustão na cuia u cantadô
Canta inté morrê o bem do amô.
Composição: ELOMAR
Música x poema (?)
TRADUZIR-SE
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Cantor: FAGNER.
Compositor: Ferreira Goulart.
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Cantor: FAGNER.
Compositor: Ferreira Goulart.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Poema 07
O REVELADOR
Oh Poeta, irmão de Deus, filho da Natureza,
Mergulha o teu olhar na Matéria fecunda!
Do anseio universal, na alegria ou tristeza,
Desce dentro de ti, à voragem profunda!
De tudo que se oprime, arrebata a reprêsa,
Sonha um dia de sol em cada noite funda!
Dos mistérios arranca as formas da Beleza,
E aos homens oferece a Glória que te imunda.
És a Voz milenar das coisas que não falam;
A memória do mundo atormentado e vão,
A Fôrça de titãs que novos céus escalam...
Descobres, no segrêdo imenso do Universo,
A chama dêsse Amor, que é luz da Perfeição,
Onde vives, em ti, em sínteses disperso!
FLEXA RIBEIRO
quarta-feira, 24 de março de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
1º - ANIVERSÁRIO DO BLOG
Nosso blog completou hoje, 21 de fevereiro, seu primeiro aniversário. Não sei se seria o caso de comemorar. Talvez sim, talvez não. Acho que isso ficará mais claro no seu segundo aniversário, se esse fato chegar a ocorrer.
Lembro, com alguma nostalgia, como tudo começou: era Carnaval, chovia e eu estava em casa, curtindo uma mistura inexplicável de tédio e inspiração.
Desde então, parece-me que a inspiração diminuiu, o que não é algo ruim, muito pelo contrário. Quem escreve sabe do que estou falando.
Gostaria, apenas, de agradecer a todos os amigos que tiveram a paciência de, eventualmente, ler algumas das postagens.
Agradecimentos maiores aos seguidores do blog.
Agradecimentos ainda maiores aos abnegados comentaristas.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Ética virtual - 01
1 - Não entre no orkut!
2 - Se entrou no orkut, não saia!
3 - Se saiu do orkut, não volte!
4 - Tudo de novo, indefinidamente (eterno retorno).
2 - Se entrou no orkut, não saia!
3 - Se saiu do orkut, não volte!
4 - Tudo de novo, indefinidamente (eterno retorno).
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
Poema 06 - Para refletir
VELHO TEMA
Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.
O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda vida.
Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa, que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,
Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.
VICENTE DE CARVALHO
Esse é um dos meus sonetos favoritos. O indulgente leitor já deve ter percebido, aliás, que tenho especial predileção por sonetos.
O termo "cristalizar", no sentido de sintetizar, somente deveria se referir a sonetos.
Nem todos podem ser poetas, mas todos deveriam ler poesias.
Fica aqui, mais uma vez, minha contribuição.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
UTILIDADE PÚBLICA
Atendendo a pedido da amiga Daniela de Mello, divulgo a seguinte informação de utilidade pública:
A LOJA HIT ESTÁ PROMOVENDO UMA CAMPANHA EM PROL DAS VÍTIMAS NO HAITI.
DOAÇÕES PODEM SER ENTREGUES NA PRÓPRIA LOJA, LOCALIZADA NA RUA PROFESSORA MARIA ESTHER DA COSTA BARROS, 110, JATIÚCA (DEFRONTE À LANCHONETE SUBWAY).
OS DONATIVOS - AGASALHOS, COBERTORES, CALÇADOS E OUTROS - SERÃO ENCAMINHADOS AO HAITI ATRAVÉS DO EXÉRCITO BRASILEIRO.
INFORMAÇÕES: 3235-5911.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Ainda para refletir!
"Nunca vi nenhum idiota vacilar", disse Bosco.
Concordamos, pelo menos naquele momento, a esse respeito: "a dúvida é apanágio (propriedade característica e inerente, atributo) dos que pensam!"
O contexto não importa.
Pedro já tinha ido, há muito, mas acredito que teria a mesma opinião.
Concordamos, pelo menos naquele momento, a esse respeito: "a dúvida é apanágio (propriedade característica e inerente, atributo) dos que pensam!"
O contexto não importa.
Pedro já tinha ido, há muito, mas acredito que teria a mesma opinião.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Para refletir!
1- Pode ter vinho;
2 - Se tiver vinho, melhor;
3 - Tem de ter vinho;
4 - Somente vinho, por favor!
2 - Se tiver vinho, melhor;
3 - Tem de ter vinho;
4 - Somente vinho, por favor!
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Filosofia paterna 02
"Ajude as pessoas quando estiveres subindo, pois poderá encontrá-las quando estiveres descendo."
domingo, 3 de janeiro de 2010
Poema 05 - Para refletir
CÍRCULO VICIOSO
Bailando no ar, gemia inquieto vagalume:
- "Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!"
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:
-"Pudesse eu copiar o transparente lume,
Que, da grega coluna à gótica janela,
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!"
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
-"Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela
Claridade imortal, que toda luz resume!"
Mas o sol, inclinando a rútila capela:
-"Pesa-me esta brilhante auréola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Por que não nasci eu um simples vagalume?"
MACHADO DE ASSIS
Bailando no ar, gemia inquieto vagalume:
- "Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!"
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:
-"Pudesse eu copiar o transparente lume,
Que, da grega coluna à gótica janela,
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!"
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
-"Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela
Claridade imortal, que toda luz resume!"
Mas o sol, inclinando a rútila capela:
-"Pesa-me esta brilhante auréola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Por que não nasci eu um simples vagalume?"
MACHADO DE ASSIS
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Filosofia paterna 01
"Pague caro, se precisar, mas não compre nada só porque está barato, se não for algo necessário."
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