Do meu aniversário, diga-se de passagem, que ocorreu no dia 04 de abril. O aniversário do Pedro, fato público e notório, também aconteceu no mesmo dia, coincidência que vem se repetindo ano a ano, tendo como consequência um inevitável aumento da nossa amizade.
Não escrevi antes porque achei que seria melhor escrever no próprio dia (deveria ter escrito antes!).
Chegado o dia, não é difícil entender, o tempo foi escasso e não tive condições de escrever nada. Lembrei do ditado outrora apresentado pelo Wlad, cuja origem, não a ocasião em que foi empregado, agora me escapa: "Antes da hora, não é hora; depois da hora, não é hora; a hora é na hora certa!". Quem foi mesmo que disse isso, Wlad?
Pois bem. A hora é na hora, mas, na hora, não pude. Fazer o quê?
Não obstante, valendo-me da comodidade oferecida pelo blog, posso agora, dia 06 de abril, escrever e postar com data de 04 de abril.
Mas então por que, pelo menos, não escrevi no dia 05 de abril, considerando ser essa data mais próxima do dia 04 e, ainda por cima, ser um domingo, podendo ser usada a desculpa de que deixei a postagem para o "domingo à noite"?
Bem, digamos que as comemorações foram um tanto quanto cansativas... Malbec (premium) no jantar, caipiroskas (quantas mesmo, Pedro?) e long-necks (no plural).
Engraçado que o Bosco, também, achou que o show da banda Nós4, no Maikai, não durou mais do que uns dez minutos. O tempo é mesmo relativo, não é verdade? Poderia jurar que durou cerca de 15 minutos! Parece que foi bom mesmo... acho que o vocalista cantou mais (pois quem sempre cantava mais era a moça, assim me disseram...) deixa pra lá...
Ok!?
Há muito sou dado à taxonomia ou taxionomia (técnica de classificação - mas pode chamar de taxo ou taxio MANIA mesmo), inclinação científica que não me tem dado grandes resultados práticos, afora algum divertimento com amigos. E o que é o bom da vida, senão alguns momentos leves e descontraídos, com as pessoas de quem gostamos?
Em um desses arroubos taxológicos (ou taxomânicos, se preferir) que invariavelmente ocorrem durante o banho, quando caminho pela orla, quando estou dirigindo ou em alguma fila, veio-me à baila, sem qualquer esforço, a classificação etária que uso até hoje, nos seguintes termos:
1 - Criança: até 12 anos;
2 - Adolescente: de 12 a 25 anos;
3 - Jovem-adulto: 25 a 35 anos;
4 - Adulto-pleno: 35 a 50 anos;
5 - Adulto-maduro: 50 a 70 anos;
6 - Adulto-ultra-maduro: mais de 70 anos.
Sei que muita gente não concorda com essa classificação, pois não tem base legal ou acadêmica, sendo um arranjo absolutamente arbitrário da minha parte.
Não precisaria declinar as minhas razões, mas adianto que cheguei a esse esquema a partir de considerações filosóficas e constatações empíricas. De qualquer forma, ainda que não sirva para mais ninguém, serve muito bem para mim e isso, no final das contas, é o que me importa.
Lembrei dessa divisão por força do meu aniversário. Acabo de completar, nada mais, nada menos, que 36 anos. É verdade, o tempo passou rápido.
Sobre a sensação de rápida passagem do tempo, que também tem assolado outras pessoas, prometo publicar uma reflexão específica, posteriormente.
Quero, em verdade, falar do momento em que estou vivendo.
Ao completar 36 anos, dei-me conta de duas coisas: primeiro, sou um adulto-pleno; segundo, sou um adulto-pleno há um ano! Essas constatações, a despeito de serem muito simples, geraram alguma surpresa em mim, pois, como muitas outras pessoas, não senti o tempo passar e, não poucas vezes, cheguei a me assustar com a minha própria imagem no espelho.
Mas esse não é o problema (tudo bem, outro dia escrevo sobre a história da imagem no espelho). O que me aflige, confesso publicamente sem pudor, é a consciência de não ter me comportado, durante todo o ano que se passou (04.04.08 a 04.04.09), nos termos e em conformidade com o que seria exigível de um adulto-pleno!
Agora não tenho mais como fugir.
Sou levado a acreditar que, como eu tinha 35 anos, inconscientemente, adotei uma interpretação mais benéfica e, sem o querer, juro, estendi (indevidamente, diga-se de passagem) por mais um ano, minha temporada já finda como jovem-adulto. Espero contar com a compreensão de todos e com os benefícios da confissão espontânea...
Isso mesmo, como diz o famoso comentarista desportivo, a regra é clara! Jovem-adulto: 25 a 35 anos! Ou seja, qualquer nefelibata pode concluir que, ao se completar 35 anos, muda-se de faixa etária. Mas eu, agora vejo, não agi assim, razão da exposição desta mea maxima culpa.
Dessa forma, com exatamente um ano de atraso, declaro o reconhecimento do meu irreversível ingresso na era de "adulto-pleno", prometendo agir em conformidade com os ditames que regem essa faixa etária.
Desejando que ainda não seja tarde demais, peço mil desculpas, com a ênfase necessária, por todos os meus atos incompatíveis, praticados durante esse período nebuloso.
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ResponderExcluirEu me infantilizo com o tempo, impressionante. E vc era ultra-maduro há uns anos passados, ainda restam créditos de juventude. Use-os.
ResponderExcluirA vida é cíclica e não é linear.
E o ciso sempre pode cair... ;)
Bjo,
Fernanda van der Laan
Vc e seu diferencial ao escrever... Sempre tem um jeitinho de deixar o leitor interessado, curioso... Tô na expectativa de ler quais os atos compatíveis com cada faixa etária, viu? Bjaoo, Carlinha.
ResponderExcluirPrimeiro eu tenho que concordar com você, nossa amizade sem dúvidas só fez aumentar.
ResponderExcluirQuanto a parte do Jovem-adulto, talvez seja melhor você mudar a sua forma de enxergar a classificação etária (25 a 35 anos, inclusive até aos 35 anos e 364 dias). Dessa forma você teria acabado de se transformar em Jovem-adulto (talvez isso te faça se sentir melhor). Mas na minha opinião... você não precisa se desculpar por nada, e esse período NÃO foi nebuloso.
Abraço e feliz aniversário mais uma vez.
Filho,
ResponderExcluirMuito interessante essa classificação da faixa etária,vc está bem inserido na sua, adorei.Muito bem, seu aniversário foi muito festejado, aproveito para parabenizar ao Pedro pela feliz coincidência de aniversariar junto com vc,envio um beijo para ele com votos de felicidades,no entanto, na escala das comemorações,vc esqueceu que tudo começou(seu aniversário), com um caprichado almoço em boas e belas companhias, regado a muita coca-cola, estou certa?Parabens!,parabens!,parabens!, mais uma vez.Beijos da MAMÃE...
Parabéns, Humberto! Desculpa o atraso, mas adultos-jovens são meio desligados com datas (rs). Abraço!
ResponderExcluirHumbertão, como pude esquecer o seu aniversário?
ResponderExcluirAcho que estou na classificação do adulto esclerosado...
K.