Fragmentos de Auguries of Innocence
To see a World in a Grain of Sand
And a Heaven in a Wild Flower,
Hold Infinity in the palm of your hand
And Eternity in an hour.
Traduzindo:
Para ver um mundo em um grão de areia
E um céu* em uma flor selvagem
Segures o infinito na palma da tua mão
E a eternidade em uma hora
(* Céu como sinônimo de Paraíso!)
Essa estrofe, exatamente a primeira do longo e estranho poema, não me sai da cabeça há muitos anos... nem sei mais quantos, pois parei de contar, para o bem da minha saúde mental, tudo que se relaciona a idéias recorrentes.
Quase tudo, para ser mais honesto, o que não impede que as idéias venham e voltem, como que por vontade própria.
O final do poema, a despeito de não ser absolutamente lembrado, não deixa de ser quase tão grandioso quanto o início:
Every night and every morn
Some to misery are born,
Every morn and every night
Some are born to sweet delight.
Some are born to sweet delight,
Some are born to endless night.
We are led to believe a lie
When we see not thro' the eye,
Which was born in a night to perish in a night,
When the soul slept in beams of light.
God appears, and God is light,
To those poor souls who dwell in night;
But does a human form display
To those who dwell in realms of day.
Traduzindo:
Toda noite e toda manhã
Alguns nascem para a miséria
Toda manhã e toda noite
Alguns nascem para a doce delícia
Alguns nascem para a doce delícia
Alguns nascem para a noite sem fim
Somos levados a acreditar numa mentira
Quando não vemos pelo olho
Que foi nascido numa noite para perecer numa noite
Quando a alma dorme em raios de luz
Deus aparece e Deus é luz
Para aquelas pobres almas que habitam a noite
Mas mostra uma forma humana
Àqueles que habitam os reinos do dia.
O meio do poema é muito longo e cansativo, apesar de possuir belos versos. (http://www.artofeurope.com/blake/bla3.htm). Tem palavras difíceis, o que gera aquela chateação de ter de consultar o dicionário etc.
Gostaria de compartilhar, com todos que se interessarem, a primeira estrofe, pois, no meu modesto sentir, constitui a prova da genialidade de Blake e, ainda no meu modesto e insistente sentir, uma das mais belas passagens poéticas de que tive notícia.
Grande!
ResponderExcluirUm beijo,
Fernanda