Repositório de poemas, letras de músicas, comentários e outras coisas menos importantes
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
FELIZ ANO NOVO! Que 2010 seja melhor do que 2009 e quase tão bom quanto 2011!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Diálogos 17
(Mãe) - Não esqueça do livro da Hannah!
(Eu) - Que livro...?
(Mãe) - O seu livro, O relato de Hannah, que vou levar para o Dr. Fulano de Tal... lembra?
...
Para quem não entendeu, sugiro observar as fotos na borda direita deste blog...
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
RafaCartoon 01
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Boa pergunta 01
J. L. Borges
Fonte: Blog Panorama, de Pedro Luso de Carvalho.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Música!
Angie, Angie, when will those clouds all disappear
Angie, Angie, where will it lead us from here
With no loving in our souls and no money in our coats
You can't say we're satisfied
But Angie, Angie, you can't say we never tried.
Angie, you're beautiful, but ain't it time we said goodbye
Angie, I still love you, remember all those nights we cried
All the dreams we held so close seemed to all go up in smoke
Let me whisper in your ear
Angie, Angie, where will it lead us from here
Oh, Angie, don't you weep, all your kisses still taste sweet
I hate that sadness in your eyes
But Angie, Angie, ain't it time we say good-bye
With no loving in our souls and no money in our coats
You can't say we're satisfied
But Angie, I still love you, Baby, ev'rywhere I look I see your eyes
There ain't a woman that comes close to you
come on baby, dry your eyes
But Angie, Angie, ain't it good to be alive
Angie, Angie, they can't say we never tried
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Domingo, ainda...
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Nostalgia
Pena que não tenho mais o cd...
FAZENDA SANTO ANTONIO
Jorge de Altinho
Quando eu era menino vi do céu um pedacinho
A fazenda Santo Antonio do meu velho tio Pedrinho
Felicidade infinita, era a jóia mais bonita do município de Altinho
A casa sede era grande de alpendre arrodeada
Um quarto pra guardar sela, a rede toda trançada
Encostado com a cozinha uma casa de farinha
Pra se fazer farinhada
Quatro horas da manhã para o curral eu corria
Leite do peito da vaca traz saúde e energia
Tinha vaca que respeite
Tio Emídio levava o leite pra cidade todo dia
Na mesa tinha de tudo, cuscuz com leite e coalhada
Queijo de coalho na brasa, carne de sol bem assada,
Bolo de milho com coco, tinha costela de porco
Macaxeira cozinhada
Na beira do rio Una tinha cortiços de mel,
Inhame, batata doce, laranja mimo do céu,
A banana prata e o pão, os pés de coqueiro anão
Agua doce feito mel.
Santo Antônio mudou de dono, veio a modernização
Derrubaram a casa sede, a cocheira e o galpão
A tristeza me invade, quem já foi felicidade
Hoje é só recordação
Tio Pedrinho não vive mais, nem tia Auta também
Foram morar com Jesus na fazenda do além
A lembrança hoje é um sonho, quando vejo Santo Antonio
Sinto que morri também
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Crítica literária
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Diálogos - 16
(Eu) - É um romance.
(X) - Ah... uma história de amor!
(Eu) - ... ai, ai! (em pensamento)
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Texto - Mais uma contribuição do amigo Isaac Sandes
O CANALHA
Na galeria de tipos humanos, o canalha certamente tem seu lugar de destaque.
Não confunda o canalha com o mau caráter. O mau caráter é um tipo asqueroso; covarde; traiçoeiro e sem o menor glamour. Identificado, o mau caráter é prontamente escorraçado de qualquer meio, sem que tenha, em seu favor, manifestação embrionária de defesa. Nem que seja de um bom Samaritano.
Enquanto o verdadeiro e caricato canalha…!!! Esse não !
O autêntico e secular canalha é dotado de um glamour e um charme que faz com que, seus atos, mesmo condenáveis à primeira vista, sejam, após prudente distanciamento, reavaliados com um certo ”que “ de romantismo canastrão.
Os contumazes frequentadores dos outrora românticos bordéis, sabem do que estou falando. Lá, os verdadeiros canalhas sempre foram os seres mais destacados e paparicados pelas literais animadoras da torcida.
O canalha de bordél, se sentia num à vontade difícil de descrever por um escrito puritano. Ele desfilava no puteiro, como se fosse um sargento linha dura passando em revista um pelotão de borrrados recrutas. Olhar altivo; queixo levantado; peito estufado num Passo de Ganso. Parecia um Duce.
Lá ele sempre foi alvo dos mais elevados encômios e destinatário de respeito reverencial. Até dos mais antigos frequentadores. O canalha dominante do Bordel era o pavor dos semi desvirginados adolescentes que, saídos do seu rito de passagem, vagueavam, ainda, inseguros e temerosos em território que era todo do canalha.
O canalha do qual estou falando é aquele que empresta um colorido especial ao monótono tecido social.
Quem viveu a infância num cidadezinha de interior, sabe que o canalha local é aquele que fornece o combustível para as rodas de fofocas que se formam à noite nas pracinhas, bem como fornece matéria prima para o linguarudo barbeiro.
Qual cidade de interior não possui os seus canalhas de estimação ?
São eles representados pelas mais diversas subespécies:
É o velhaco contumaz; o dono da venda que todos sabem ser o mais descarado ladrão, no preço e no peso; o agiota que posa de moço bom, frequentando e participando de todos os eventos da paróquia; é aquele corno desentendido, que faz questão de contar as qualidades empreendedoras da esposa; o camelô trambiqueiro vendendo óleo de Peixe-Boi nas feiras; o Padre que, na baixa, come a recatada beata; o vizinho que, respeitosamente, vive chifrando seu mais estimado cumpadre; o mentiroso folclórico; a velha e vigarista macumbeira que promete resolver qualquer problema de amor não correspondido, afastar olhos cobiçosos e promover a cura daquele irrecuperável broxa.
Enfim! Tais tipos, são Pedros Malazartes materializados diante de nossos olhos.
Todos nós sabemos quanto carregam de canalhice no seu DNA, mas se extirpados do contexto social, o nosso cotidiano se tornará tão insosso quanto uma refeição de hospital.
O canalha é um ser autêntico, é o homem em estado bruto . É um representante da humanidade sem os arreios éticos e morais. Se a embriaguês é a mão que levanta o manto e revela o canalha que existe por baixo de cada envernizado cidadão, como bem expôs nosso cronista. Ao canalha tal recurso é desnecessário, pois ele é o que é em si mesmo.
Toda inteligente e sábia comunidade, sabe amar respeitar e conviver pacificamente com seus canalhas. Sabe que, na maioria das vezes, os males causados pelos canalhas são de pequeno potencial ofensivo e que tais atos, tolerados, renderão ao coletivo vasto material que alimentará as futuras lendas, desencadeará discussões e análises que irão beirar vedadeiras teses freudianas.
De tal importância se reveste o canalha que cada nação tem o seu como um mascote.
O nosso é o Pedro Malazarte; os americanos o tem na figura do Tio Sam; a Itália tem o seu amado Casanova; na Espanha Dom Giovanni e Robin Hood na Inglaterra. As crianças o idolatram nas figuras do canastrão Pica Pau e do maldoso Jerry.
Uma roda de Jogo é uma ambiente que transpira e cheira à canalhice.
Nosso Bem Amado, Odorico Paraguaçú!! Existiu ou existirá canalha mais charmoso, mais brilhante e mais identificado com um pedacinho de cada um de nós ?
O impagável Vadinho de Dona Flor ! Lorde Cigano de By By Brasil, Seu Quequé, o caixeiro viajante de Rabo de Saia. São apenas alguns exemplos dos grandes e amáveis canalhas que povoam nosso cotidiano artístico.
Na arte da conquista e nos jogos do amor, o canalha é imbatível.
Tente competir com um, e verá o resultado !
Mostre à abatida vítima de um canalha qual é sua verdadeira face e amealhará um definitivo inimigo.
Tais características e particularidades fazem com que, ao verdadeiro canalha - por mais combatido que seja pelos falsos moralistas - sempre irá restar o incondicional apoio da maioria, pois sem ele, ela perderá algo que existe e que nunca deixará de existir sob as suas históricas camadas de verniz, a sua própria canalhice. Afinal, já vaticinava o imortal Nelson Rodrigues : “ A virtude pode ser muito bonita, mas exala um tédio homicida".
Isaac Sandes - 03/05/09.
domingo, 23 de agosto de 2009
Música!
Wish You Were Here
Pink Floyd
So, so you think you can tell
Heaven from Hell
Blue skies from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold confort for change?
Did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?
How I wish
How I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Expedição Chui 2002 - APÊNDICE 01
É uma satisfação nos dirigirmos aos caros colegas por meio desta correspondência.
Nós (Hsu, Daniel e Humberto), somos integrantes do Motoclube Falcões de Alagoas. No próximo mês de março, estaremos fazendo uma longa viagem de motocicleta através do Brasil. Partindo de Maceió (AL), iremos até o Município de Chui (RS). Nosso projeto pode ser encontrado na internet, no seguinte endereço: www.falcoesdealagoas.hpg.com.br
O presente contato justifica-se porque teremos o prazer de passar por sua cidade, que foi incluída em nosso roteiro justamente por termos conhecimento da existência de um Motoclube tão reconhecido e organizado como o de vocês.
Para nós será uma honra conhecê-los. Gostaríamos de saber como podemos encontrá-los. Pedimos a indicação de hotéis, com estacionamento, onde possamos ficar em segurança com nossas motos.
Um forte abraço e até breve."
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Expedição Chui 2002 - 04 - Santos & São Vicente - SP
Oficina da Suzuki. Santos ou São Vicente? Não lembro. Para quem não sabe, Santos e São Vicente são municípios, ou melhor, cidades limítrofes. Não há solução de continuidade urbana. Noutras palavras, parece uma única cidade.
Observe que estamos com camisetas iguais, brindes da Suzuki.
Eita... não estamos na oficina da Suzuki. Isso é uma loja de pneus, agora lembrei melhor.
Esperei muito tempo para dizer isso: "Troquei o pneu dianteiro, Hsu trocou o traseiro!". Engraçado, não? Tenho essa piada na manga, para sempre, pois realmente troquei o pneu dianteiro e o Chinês trocou o pneu traseiro da sua moto.
- Hsu, foi mal! Não tem aquela história de que se perde o amigo e não a piada?
Daniel não trocou pneu, salvo engano já os tinha trocado em Maceió. Além disso, os pneus das Bandits são mais macios, então gastam mais rápido. Os pneus da Marauder, uma moto custom, são mais estradeiros e menos esportivos, portanto mais duros, rendem mais. As trocas de pneus, minha e do Hsu, já estavam programadas.
Nas quatro fotos acima está registrado nosso primeiro encontro com os MotorsVivos, Motoclube de São Vicente-SP.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Texto - Mais uma excelente contribuição do amigo Isaac Sandes
“Quem tripas comeu e com viúva casou, sempre há de se lembrar do que por lá andou."
O sábio provérbio português serve muito bem a quem queira evocar reminiscências de suas raizes.
Mergulharei agora, a uma profundidade de aproximadamente 40 anos, para resgatar de minha infância, pendores e gostos que, engastados nas profundas minas do tempo, vez por outra afloram como auríferos veios.
Quem de nós, vez em quando, não se delicia nesta solitária e vivificadora garimpagem de memórias ?
Relembrar, é viajar no tempo sem as dispendiosas e futuristas máquinas da literatura ficcionista.
É uma viagem franca e baratinha. Verdade que, vez por outra, nossa nave viageira teima em passar perto, ou mesmo atingir lembranças que fazemos questão de desviar e trancar à sete chaves no mais profundo sótão da memória. Mas, se bem conduzirmos nossa barata nave, poderemos usufruir das mais doces, mais ternas e gratificantes lembranças.
Neste momento, minha fantasiosa máquina do tempo se dirige, em profundo vôo para tentar descobrir ou suspeitar de onde surgiu, ou, onde se amalgamou meu gosto pela música.
Minha primeira parada é no doce e afinado cantar de minha mãe, que enfrentava a faina diária com as armas da música, interpretando magistralmente as mais diversas cantigas do cancioneiro popular.
Próxima estação. A casa vizinha onde o carroceiro Cartolinha, em suas horas vagas, dedilhava competentemente um violão e eu, como seu moleque preferido, durante horas e horas, o acompanhava naquelas fugas de seu duro dia- a- dia.
Já mais adiante, me vejo peruando a roda de choro, formada por João de Santa, Paulo dos Meirús, Adail Arruela e Luiz de Bão na percussão.
Nesse grupo, a figura de Adail Arruela se destacava, tanto pela competência musical, quanto pela orígem de seu apelido. “Arruela “ ( uma referência indireta à sola de que as arruelas eram feitas naquele tempo).
Contam os mais antigos que Adail ganhou esse apelido após pitoresco episódio havido em uma farra. Seguinte: Dizem que Adail apesar de exímio violonista, era dado a uma certa enrolação. De poucas posses, aproveitava as farras para fazer, dos suculentos tira-gostos ali servidos, o seu gratuito restaurante. Tanto assim, que não havia tira-gosto que bastasse para o voraz Adail. Após ter comido todo o tira-gosto, Adail se enfadava e sempre arranjava um jeito de, lá por altas horas, quando sabia tudo fechado, arrebentar as cordas de seu violão e, de barriga cheia, rumar pra casa para um reparador sono.
Como na esbórnia a malandragem é de todos. Os colegas de farra de Adail logo identificaram sua manha e lhe preparam o troco.
Combinaram nova farra, convidaram Adail sob promessas dos mais variados e apetitosos tira-gostos e lhe aprontaram a armadilha.
Colocaram vários pedaços de sola no molho por alguns dias, lhes adicionaram quase uma caravela de temperos e especiarias, então, fritaram os bifes de sola e os envolveram em irresistível farofa acebolada.
Ao sentir as emanações do redentor prato, Adail quase estraga seu violão, agora com a baba quase epiléptica que lhe escorria pelos cantos da boca.
Iniciada a farra, Adail lançou-se sobre o prato de tira-gosto, que não sabia ser de sola, com voracidade de uma hiena. Mastiga…, mastiga, e nada de car cabo dos insuspeitos bifes. Dessa vez, a farra viu o nascer do dia sem que as cordas do violão de Adail se quebrassem. Finalmente, a ficha de Adail só veio cair quando um gaiato, sem se conter, começou, em referência à sola, a chama-lo de Arruela. Então o tempo fechou, os exaustos farristas, levaram um bom tempo para conter a fúria de Adail. Daquele dia em diante, quem o chamasse de Arruela, corria o risco de levar alguns pontos na cabeça provocados por um braço de violão.
Sem dúvida, outro ponto musical que me emprenhou de influências musicais, ficava na casa de Dedé de Burdão, velha irascível e quase intragável, mas que se tornava uma seda quando recebia, em visita, sua filha, uma notória cafetina.
Diziam os mais velhos que, na juventude, aquela alquebrada cafetina havia sido uma morena de curvas mais perigosas do que as da estrada de Santos. Tal fartura e formosura, nas artes do amor e que tais, passaram a servir ao coletivo, tornando-a uma das mais requisitadas e bem sucedidas no milenar ramo.
Mas, alcançada pela dureza e crueldade do senhor tempo, aos poucos, foi perdendo seus encantos e passando a ocupar o posto que as mais inteligentes ocupam quando chegam ao ocaso na carreira. O de Cafetina.
Ungida na nova plataforma sexual, estabeleceu-se como a mais requisitada casa da Rua Chico Nunes, baixo meretrício de Palmeira dos Indios. E, tendo amealhado razoáveis recursos, vez por outra, tal qual uma Chica da Silva sem Arraial, em Feliniana caravana, visitava sua mãe, Dona Dedé.
Essa visita era quase um evento em nossa pequena cidade, porque a cafetina chegava com uma verdadeira entourage, abalando os dias calmos da Rua de Cima, onde se estabelecia. Na suaTroupe, tínhamos invariavelmente, um Cafetão da hora, uma nova putinha nova em estágio probatório, um ou dois viados que cuidavam da cozinha ou da arrumação da casa, um magro leão de chácara e seus sobrinhos que ajudavam na administração do negócio.
Por outro lado, eu, um inocente garoto de nove ou dez anos, não conseguindo ver, no momento histórico, que a peça mais importante daquele profano cortejo era, na verdade, a putinha estagiária, dirigia toda minha atenção e alegria para uma enorme radiola de madeira que, dia e noite, tocava os mais recente sucessos de Moreira da Silva, Nelson Gonçalves e Altemar Dutra, vez por outra, acompanhada pela bela voz da dona.
Ali, de pé em frente a uma das janelas da humilde casa que não tinha nem eira nem beira, passava horas e horas ouvindo, num momento, o som da grande radiola da cafetina, noutro, a voz de sua dona, que, acompanhada em segunda voz por seu Cafetão da hora, demonstrava os pendores artísticos que a tinham alçado ao atual status.
Inocentemente, imaginando ser aquela desenvolta mulher uma empresária de grande sucessou eu, ali naquela janela, trocando, vez por outra, o pé cansado da demora, ia torcendo para que o seu sucesso nunca declinasse, pois se tal acontecesse eu definitivamente perderia o inenarrável prazer de escutar a radiola da cafetina.
Isaac Sandes
Maceió 07/05/2009
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Poema... ?? ok, depois vou pensar em numerar os poemas! Talvez no próximo ano, depois do Carnaval... não, melhor, este será o 01! Esqueçamos os demais
Já que na postagem anterior vimos nada mais, nada menos, que Dom Pedro II falando, em versos, sobre a ingratidão, decidi trazer para o blog um dos sonetos mais famosos acerca do tema. Talvez seja o mais famoso mesmo...
VERSOS ÍNTIMOS
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro da tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
AUGUSTO DOS ANJOS
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Dom Pedro II
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Diálogos 15
(Eu) - Tenho de voltar para a academia, fazer uma dieta e pensar, talvez, em uma lipo ou implante de cabelo...
(X) - Não precisa de nada disso, apenas troque de carro!
(Eu) - Eita... e é?
(X) - Com certeza, compre um carro bom, vai ficar muito mais bonito e dará mais resultado.
(Y) - É mesmo!
(Z) - Concordo.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Música! - U2 e Green Day - Mais antigo do que velho
U2 & GREEN DAY
THE SAINTS ARE COMING
- THE SKIDS
There is a house in New Orleans
They call the Raising Sun
It's been the ruin of many a poor boy
And god, i know i'm one
I cried to my daddy on the telephone
How long now
Until the clouds unroll and you come home
The line went
But the shadows still remain since your descent
Your descent
I cried to my daddy on the telephone
How long now
Until the clouds unroll and you come home
The line went
But the shadows still remain since your descent
Your descent
The saints are coming, the saints are coming
I say no matter how i try, i realise there's no reply
The saints are coming, the saints are coming
I say no matter how i try, i realise there's no reply
New birth to the rebirth
New Orleans
Living like birds in magnolia trees
A child on a rooftop, a mother on her knees
Her sign reads
Please, i am an american
A drowning sorrow floods the deepest grief
How long now
Until a weather change condemns belief
How long now
When the night watchman lets in the thief
What's wrong now
The saints are coming, the saints are coming
I say no matter how i try, i realise there's no reply
The saints are coming, the saints are coming
I say no matter how i try, i realise there's no reply
I say no matter how i try, i realise there's no reply
I say no matter how i try, i realise there's no reply
http://www.youtube.com/watch?v=seGhTWE98DU&feature=player_embedded
domingo, 19 de julho de 2009
Para refletir 07
Todos estão cansados de saber que existem mais mistérios entre homem e mulher, entre um irmão e outro, entre dois amigos, dos que os tais mistérios que possam existir entre o céu e a terra, ou melhor: que possa suspeitar nossa pobre filosofia. É nessa linha que canta o Ministrel: “Mistério sempre há de pintar por ai”.
Entretanto, existem, mesmo, certos mistérios que colocam em xeque todo conhecimento da humanidade.
Pesquisas com neutrinos, aceleradores de partículas, sondagens intergaláticas com potentes radiotelescópios, nanotecnologia, pesquisas com céulas troncos, mapeamento do genoma, todos esses campos do avançado conhecimento humano, envolvem, cada a um, a seu modo, mistérios….! Muitos mistérios!!!
O mistério vem acompanhando a raça humana desde seus primórdios. Fica fácil imaginar o que ela se tornaria sem essa força motriz que estimula a curiosidade e, finalmente, a pesquisa.
Cá de minha vã – ou melhor, de minha minivan filosofia - arrisco a afirmar que o mistério e a curiosidade foram as molas mestras que impulsionaram a inteligênca humana em seus primórdios.
Afinal, todas religiões surgiram em razão de mistérios inescrutáveis pelo pobre homem. Da mesma forma, sempre fizeram questão de preservar tais mistérios e usá-los como combustível de sua existência e manutenção.
Nosso Direito, em particular, sempre utilizou uma boa dose de mistério em seus ritos e liturgia, com finalidade de impressionar o leigo e, até hoje, recorre ao morto e sepultado latim nesse desiderato. Quem nunca ouviu um introspecto e impertigado causídico disparar: “Fumus boni Juris..” Etc.
Mas…! O grande e indecifrável mistério que vem perseguindo a humanidade desde os meados do sec. XX, reside num objeto simples e que faz parte do cotidiano de todos nós, seja você o maior mandatário do planeta, ou o mais humilde assistente provisório de um sub-carimbador interino.
Não se espantem nem me taxem de ridículo, ao lhes revelar que o gigantesco mistério que embatuca a humaniade é protagonizado por algo que todos nós conhecemos de perto, mantemos sempre junto ao nosso corpo e, quando dele precisamos e não o encontramos, somos tomados de uma frustração que beira as raias do pânico. Esbravejamos em nossas casas, perdemos a fleuma, a compustura e passamos a acusar, inconsequentemente, nossos amigos ou familiares próximos como responsáveis diretos pela quase tragédia.
Não ria se eu lhe revelar que o misterioso objeto do qual estou falando é uma inocente caneta Bic.
E que, o grande mistério, é o seu inesperado, inexplicável e recorrente desaparecimento de nossos bolsos, de nossas pastas ou dos nossos locais de trabalho.
Você já notou como milhares de canetas Bic, somem diariamente da vista da humanidade, sem que ninguém jamais suspeite seu paradeiro ou a forma como desapareceu?
Você já parou pra pensar que, sendo a população do planeta em torno de seis bilhões de almas e, tendo cada uma, durante sua vida, visto desaparecer diante de seus olhos, pelo menos, meia centena de canetas Bic’s, o quanto é gigantesco o tal mistério que se segue ao sumiço ?
Já parou pra calcular que tal desaparecimento importa na evaporação inexplicáel de aproximados trezentos bilhões dos misteriosos objetos ?
Você mesmo! Me responda: Quantas canetas Bic já viu desaparecer ?
Pela quantidade de tais objetos perdidos, seria de supor que, em determinado momento, alguém acidentalmente haveria de encontrar lugares onde estariam depositadas e adormecidas montanhas delas. Mas não ! Não! Nunca se teve notícia de qualquer descoberta desses esquecidos e gigantescos depósitos onde teriam supostamente que estar, os milhões de Bics que diariamente somem misteriosamente.
Os mais zen ou místicos que mexem com ufolugia querem mesmo crer que as canetas Bic, são seres extraterrestres transfigurados naquela forma, os quais, uma vez cumprida sua missão entre nós, misteriosamente retornam ao seu local de orígem, incógnito nas profundezas do universo. Nos deixando aqui pasmos e atarantados com seu repentino sumiço.
Acrescente-se a tal mistério o que, talvez seja o mistério maior: Antes de se desmaterializar diante de nós, toda caneta Bic vê primeiro desaparecer sua tampinha, para, tempos depois, ela mesma sumir. Tal episódio prévio - Talvez em razão das mordidas que lhes damos - nos faz suspeitar que as tampinhas ao sumirem, desencadeiam o irrefreável fenômeno da desmaterialização da canetas, pois mesmo se as amarrarmos após perderem suas tampinhas, elas, invariavelmente, irão sumir.
Portanto, eis o mistério dos mistérios. A você, que insiste em não acreditar no que estou dizendo: Lanço um repto!
Quem nunca viu, inexplicavelmente, sumir diante de seus olhos, pelo menos uma dezena de canetas Bic, que atire a primeira tampinha."
Isaac Sandes - 30/05/09
quinta-feira, 16 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
Poema
Desencarno arábias
de uma xícara morna
de café.
E um fio negro
me assedia a boca.
(Através da janela
o galho de pitanga
ostenta seu adorno
encarnado).
Viajo
pelo negror do pó:
Dar-El-Salam,
Bombaim,
Áden
(sem Nizan, sem Rimbaud):
as colinas ocres,
a poeira dos dias.
De onde vem o grão
dessa saudade?
Desentranho arábias
dessa xícara fria.
Enquanto aguardo o dia
que não chega.
Desacordo e sorvo
a sombra morna
do que sou
na borra
do café.
Poema de EVERARDO NORÕES
Para refletir 06
Ahan…Ahan… !
depressa passam os anos!
Suspirou o Tobogan.
*
Sorria comensal, sorria !!
No reverso das coisas,
Tu serias o boi da churrascaria.
*
-Corrupto; ladrão ! Brada o autofalante.
-Ingrato; injusto.
-Se queixa o autopagante.
*
Ai…!! Amor ingrato!
Não basta a cegueira?
Ainda nos tira o tato.
....
Do amigo e colaborador ISAAC SANDES.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Ainda um pouco de música...
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Diálogos 14
(?) - Hatch ou sedan?
terça-feira, 30 de junho de 2009
Para refletir 05
Quem criou quem? Deus ao homem ou o homem a Deus?
O recente e triste episódio da morte de Michael Jackson nos joga na cara a enigmática e, até considerada, herética pergunta.
Lá atrás, em uma quadra perdida de sua existência, quando se tornou consciente de sua finitude, o homem passou a criar deuses. Quer seja Tupã, Javé ou Maomé.
E, nessa sua saga sobre a face de planeta, o homem nunca deixou de viver sem um deus para dividir com ele o carregar do pesado fardo que consiste na consciência de si mesmo, na ciência da própria morte e na brevidade de sua vida.
Assim, para cada fato ou evento em que não encontrasse explicação adequada à sua pobre lógica, ele ia criando um deus ou um ídolo como espécie de conforto e projeção de si mesmo, bastando para isso apenas um agente catalisador do processo, encontrado na figura de um líder tribal ou de alguém interessado na detenção de parcela de poder.
Tal não tem sido diferente com os ídolos populares. A mídia, com seus poderosos instrumentos, se encarrega de criar astros e nós, por nosso lado, nos encarregamos de chancelar a criação de um deus.
É de se observar que, quando de épocas em que não existia o poder avassalador da mídia , também não existiam os deuses e ídolos advindos do mundo artístico e esportivo.
A genialidade de Mozart, de Bach, Leonardo da Vinci, de Michelangelo e tantos outros, passou por aqueles que viveram sua época, sem qualquer endeusamento ou idolatria. Ao contrário, alguns deles morreram no mais completo ostracismo e mesmo miséria financeira.
Por que? Porque naqueles tempos não existindo a poderosa mídia essa tarefa estava afeta apenas a um setor que dominava a cena política e social. A então poderosa igreja. Era ela quem criava os ídolos e deuses de então. Levando a humanidade a uma catarse que ia das peregrinações a Jerusalém até as santas cruzadas.
Hoje, mudado apenas o centro do poder criador, temos, da mesma forma, legiões que se deslocam até Graceland e certamente se deslocarão em adoração até Neverland.
Interessante e paradoxal é que, para criarmos nossos deuses, temos que primeiro matar um homem, a exemplo do pobre Michael. Dando-se, em tese, o contrário com a suposta criação do homem que, para existir tem apenas que nascer. Ou será que, do outro lado, algum deus teve que morrer para que um homem nascesse ?
Fato é que, com isto, está respondida a segunda parte de nossa pergunta, sem dúvida, o homem cria deuses. Agora, se deus cria homens, essa é uma pergunta que só poderia ser definitivamente respondida por quem acabou de ultrapassar os portais das conhecidas dimensões, ou seja, o nosso querido e recém criado Michael."
Isaac Sandes Dias
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Diálogos 13
(Eu) - ...?
(Mãe) - @%¨&*%#!!!
(Irmã) - kkkk
domingo, 14 de junho de 2009
Expedição Chui 2002 - 03 - Rio de Janeiro
Eu e a minha Bandit cor de vinho. A bichinha andava direitinho, com seus quatro cilindros e pneus esportivos.
Nós três, com as motos. Quem teria tirado essa foto? Algum benfazejo anônimo que cruzou nossas vidas e, provavelmente, nunca mais voltaremos a ver.
Eita... acho que não foi isso! A máquina do Hsu, digital, tinha um acessório: um tripé pequeno e desmontável. Talvez essa foto tenha sido programada. Deve ter sido isso mesmo, pois usamos esse recurso várias vezes.
De qualquer forma, a hipótese do ser benfazejo, por possuir algum romantismo, deve ser deixada aqui, não é?
Usávamos roupas de couro. São lindas, claro, mas são muito pesadas, quentes e não seguram a água por muito tempo. Isso serve para as nossas botas e luvas. A água da chuva demora a entrar, mas entra, não tem jeito.
Hoje em dia teríamos usado roupas mais modernas. Parece que a tecnologia avançou muito nesse seguimento, pois os motociclistas atuais usam tecidos hi-tech, como cordura etc. As roupas de hoje são mais leves, mais ventiladas, impermeáveis e protegem muito mais, em caso de tombo. Noutras palavras, são muito melhores em todos os aspectos, salvo no preço, pois são bem mais caras.
Dentre as coisas que aprendi nessa viagem, pelo menos agora, por oportuno, devo destacar exatamente isso: não se deve fazer economia em equipamentos de segurança e conforto. Conselho de amigo, procure sempre o melhor. O barato vai sair caro, pode acreditar, salvo se você não tem a pretensão de fazer uma longa viagem de moto. Nossa viagem, ao final, completou 10.000 km.
Em uma viagem assim, os equipamentos são testados ao limite. Chove, faz frio; bate um sol danado, faz calor. Como disse acima, isso vale para luvas e botas. Isso serve também para capacetes, verdade seja dita. Vale para óculos escuros e para todo o resto. Há equipamentos nacionais tão bons quanto os importados, com preço melhor. Mas, mesmo assim, preço melhor significa algo em torno de mil e quinhentos reais, para um conjunto calça-jaqueta impermeável, com proteções, forro removível e tecido hi-tech.
Mas, em 2002, não era essa a nossa realidade. Usamos roupas de couro e, pasmem: tínhamos capas de chuva! Mais adiante vou colocar algumas fotos com as capas de chuva. Lembro que usamos ao atravessar Curitiba. Hoje seria um absurdo pensar em toda aquela roupa de couro coberta por uma capa de chuva.
Não teria outra palavra senão "MARMOTAGEM", para definir a indumentária. Mas, no motociclismo, como em tudo na vida, cada um cria, faz e/ou usa suas próprias marmotas.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Diálogos 12
(Amigo) - Você sabe como são as mulheres...
(Eu) - Imagino que você deve dizer a mesma coisa.
(Amigo) - Você sabe como são os homens...
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Para refletir 04
as pontes que precisarás passar,
para atravessar o rio da vida
ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo, atalhos sem números,
e pontes, e semideuses que se oferecerão
para te levar além do rio;
mas isso te custaria a tua própria pessoa;
tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho
por onde só tu podes passar.
Onde leva? Não perguntes, segue-o."
Nietzsche
terça-feira, 9 de junho de 2009
Foto-resenha 01
Sanduba de mortadela, no Mercado Municipal de São Paulo. O sanduíche pode ser: frio ou quente; com ou sem queijo e com ou sem salada. Pode ser partido ou não. Esse ai foi partido, era quente, com queijo e salada, ou seja: com absolutamente todos os opcionais.
Nesse dia ainda tive "ânimo" para experimentar uns tais pastéis de bacalhau. Trouxe para Maceió uma caixa com os afamados Pastéis de Santa Clara, que são doces de origem portuguesa.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Expedição Chui 2002 - 02 - Linhares - Espírito Santo (IDA)
Mais uma vez lamento não ter fotos na Ilha de Itaparica, por onde passamos na ida e na volta.
Segundo nosso amigo Gouveia, moto só presta para andar bem devagar, conduta que entre nós recebe a denominação carinhosa de "roda presa". Pois bem, nossos amigos capixabas, pelo menos os que andam com o Gouveia de Linhares, são soft-estradeiros: gostam de passear lentamente com os amigos, em dias ensolarados, em boas estradas.
Daniel e Hsu, ajeitando algo na moto do Daniel, em Linhares. Será que foi o cabo da embreagem? Não lembro. Daniel tinha as ferramentas e a habilidade. Hsu deu o apoio moral (com a chave de sua moto pendurada no pescoço) e eu tirei a foto histórica. Devo destacar que, dos três, eu detinha os mais parcos conhecimentos de mecânica de motos. Hoje em dia sei mais um pouco, mas ainda sou, dos três, o menor conhecedor desses instigantes mistérios. Se morássemos numa cidade maior, talvez São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba etc, seguramente procuraríamos um curso específico de mecânica de motos, assim como cursos de pilotagem avançada.
Por falar nisso, soube recentemente, no Salão Duas Rodas de Recife, que há uma escola de pilotagem avançada para motociclistas em Caruaru-PE. Fiquei até empolgado, espero que não seja apenas para os Power Rangers (motociclistas de motos superesportivas, o que não é a nossa praia).
Já que falei em Salão Duas Rodas, gostaria de ressaltar que o de Recife, agora em 2009, foi uma "negação". Mas, como foi o primeiro, vamos torcer que melhore.
Em 2001 fui ao Salão Duas Rodas de São Paulo, com o Chinês. Muito bom, depois colocarei algumas fotos, se o Hsu as enviar. Lembro que encontramos nosso amigo "Bicho de Pena" em Sampa.
Este ano haverá o Salão Duas Rodas Internacional de São Paulo, em outubro. O evento, salvo engano, é bienal. Vamos ver se o Daniel e o Chinês topam... têm a manha?
Em Linhares, felizes e cansados. Acho que já estava com os pés doendo. Sofri bastante, até Santos-SP, pois a minha moto não possuía uma boa ergonomia para o meu tamanho. Entre as várias providências adotadas em Santos, onde passamos cerca de quatro dias, destaco a instalação de pedaleiras avançadas, no mata-cachorro, que acabou com a dor nas minhas pernas.