Fui instado a escrever algo sobre as mulheres, no dia de hoje, Dia Internacional da Mulher!
Que desafio, pensei. Prometi tentar.
A primeira coisa que me veio à mente, ainda ontem, foi que deve haver milhares de pessoas escrevendo sobre as mulheres. Isso, confesso, não me agradou nem um pouco.
Não que eu ache que as mulheres não mereçam, não é isso. São duas as razões da minha insatisfação: 1) A existência do Dia da Mulher, por si só, já demonstra a necessidade de uma maior valorização das mulheres que, injustamente, ainda sofrem bastante na maioria das sociedades em desenvolvimento, como a nossa. Isso sem falar na própria origem do Dia Internacional da Mulher, ou seja, o histórico e lamentável incêndio da fábrica; 2) A segunda razão do meu desconforto é mais óbvia e menos altruista: não gosto de escrever sobre o que todo mundo escreve. Talvez a minha vaidade e, como diz o Eclesiastes "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade", alerte-me acerca do perigo das comparações. Estou, afinal de contas, absolutamente convencido de que, senão todos, pelo menos a maioria dos que escrevem sobre as mulheres, em seu dia, ou mesmo em qualquer outro dia, o fez, o faz ou o fará muito melhor do que eu.
Contrariando opiniões esparsas e, a meu ver, injustificáveis, não sou um especialista, nem um quase especialista, no assunto.
Sei muito pouco, mas sei que as mulheres são diferentes dos homens.
Quando digo diferente, não quero dizer pior ou melhor. Estou dizendo, apenas, que não são a mesma coisa. Por mais redundante que possa parecer, mulheres e homens são seres de gêneros diversos.
Antes de prosseguir, devo ressaltar que homens e mulheres têm a mesma dignidade humana, devem receber a mesma educação, ter as mesmas oportunidades de trabalho e perceber remuneração equivalente etc.
Foi Aristóteles quem disse, quando cuidou da igualdade, que devemos tratar os desiguais desigualmente, na medida da sua desigualdade. A isso dá-se o nome de eqüidade.
Então, não precisaria ir muito longe para concluir que, nos aspectos em que são iguais, deveriam, homens e mulheres, ser tratados da mesma maneira. Estar pensando nisso, agora, comprova que a realidade não corresponde às nossas expectativas.
Ocorre que há uma outra perspectiva, que vem a ser, justamente, os pontos em que somos desiguais. Não pode haver nivelamento nas desigualdades. Noutras palavras, temos que continuar carregando as bagagens, pois somos, fisicamente, maiores e mais fortes.
Não creio que, afora poucas variações, possa-se dizer muito mais do que isso.
As diferenças são naturais e é bom que existam!
Gostaria, apenas, de deixar a minha homenagem às mulheres que, por saberem das desigualdades, sabem ser tolerantes com as nossas diferenças.
Espero que a minha mãe goste.
Elaine, minha irmã, deve ter escrito algo muito melhor em seu blog (http://www.dialogandocomomundo.blogspot.com/). Vi que ela fez um texto, mas ainda não li, para não ser influenciado ou, pior, desistir desta postagem.
Escrevi antes de vc...
ResponderExcluirAcho que vc sabe o que penso sobre esse dia. E outros dias. ;)
Olá amigão!
ResponderExcluirBelo Blog, parabéns!
Abraço
Hsu
Beto,
ResponderExcluirPelo que vejo, além de muitas outras qualidades, meu irmão é um homem feminista! Adorei o texto. Você me enche de orgulho... Beijos da irmã.
Humberto,
ResponderExcluirgostaria de registrar que fiquei duplamente feliz com seu artigo.
Primeiro porque vi que você não foge dos desfios!
Segundo, porque pude saber um pouco do que você pensa sobre nós, pois essa é uma impressão masculina, e por isso, bastante relevante.
Confesso que gostei muito, e concordo com você: Somos diferentes sim!!! E ainda bem... Creio que a vida perderia um pouco do brilho se assim não fosse. Perderíamos o doce sabor da descoberta, a alegria de ser surpreendido e principalmente, a chance de aprender com o outro e nos tornar diferentes do que somos hoje.
Jane.